Depois de um ano de muito planejamento, partimos rumo ao Uruguai. Nos primórdios do planejamento a ideia era conhecer apenas o Cabo Polônio. Os planos foram evoluindo e no final tinhamos plano A, B e C. Um deles tinha que dar certo.. hahaha Em resumo seguimos o plano A até a metade da viagem... mas aí já é história para outro post... Quem nos auxiliou na elaboração do roteiro foi o sr. Maurício e a dona Maristela, amigos que conhecemos no camping de Garopaba tempos atrás e nos deram várias dicas para nossa road trip.
Como cantava Raulzito: "Sonho que se sonha só é apenas um sonho, sonho que se sonha junto é realidade..." Portanto nosso primeiro destino ficava a +- 1100km. #partiu Parque Nacional de Sta Teresa.
Saímos às 23:30 de Floripa, rodamos durante toda a madrugada, parando para descansar por 30min (às 6:30 da manhã em Camaquã - RS). O trecho da Br-116 que passa por Pelotas é terrível, exigindo muito cuidado na tocada, o que acaba cansando muito. Chegamos no Chuí às 11:30 da manhã, exatos 12hs depois de ter começado a longa jornada.
Para entrar no Uruguai não tem segredo, basta seguir reto que irás parar na aduana, onde é solicitado os documentos do veículo, a carta verde e a identidade das pessoas que adentrarão ao país. O padrão de atendimento é meio parecido com o funcionalismo público no Brasil, digamos assim sem muita vontade.
Documentos em mãos, carro liberado, "bora tocar" para o camping que o
cansaço da viagem começou a bater. Rodamos mais 40km até chegar ao
Parque Nacional e a primeira "atração" no caminho é a estrada que se transforma em
pista de pouso para aviões.
Mais a frente encontraríamos a placa com a indicação "Fortaleza de Sta Teresa". Entramos no parque e logo procurei a indicação da Playa de la moza, que seria a região mais "adequada" para o camping, com energia e água nas parcelas. (Em algumas regiões não tem energia nem água).
Placa de identificação no parque - várias dessas.
Primeiro passo OK, região localizada, segundo passo procurar algo para comer... pelos relatos que li, no local teriam "mini mercados", portanto não precisaria levar muita coisa do Brasil, até pela questão da aduana (fronteira), porém como era inverno estava tudo fechado.
Um dos estabelecimentos fechados
Depois de muito rodar, descobrimos que existia outra entrada para o parque, e que nesta entrada havia um restaurante, o "La Pataia". Foi literalmente a salvação, mas para chegar até ele tivemos que dar a volta por fora do parque, aprox. 4km, pois não conseguimos nos localizar pelas vias dentro do parque.
La Pataia
Finalmente às 15:30 estávamos tomando o café da manhã, almoço, janta, sei lá qual era a refeição, no "La pataia", um belo "Chivito al plato para 2". Nosso primeiro de muitos chivitos (tivitos). A cotação da moeda estava R$1 = 7 UYU
Em qualquer restaurante tem chivitos... na dúvida peça um chivito! (R$71,50)
Cardápio - na dúvida pede um chivito
Abastecidos, partimos para a playa de la moza montar acampamento. As áreas de camping são divididas em "parcelas" identificadas por tocos de árvores pintados de azul com uma numeração ao centro. Por lá companheiras barulhentas são as caturritas. Fazem um barulho simplesmente infernal, são muitas e não param, mas para nossa sorte, ao cair da noite elas se recolhem e ficam quietinhas hahaha. Como rodamos o parque todo, constatamos que o reduto dessa ave é justamente a região da Playa de la moza, em outros locais a incidência é praticamente nula.
Nossa parcela no camping
Um dos incontáveis ninhos de caturritas...
Caturrita
Como acampamos no inverno, o banho com "água caliente" funcionava das 17:00 às 19:00 em apenas um quiosque com estrutura bem precária - quando falo em estrutura precária, é bem precária mesmo! Ao menos havia água caliente :)
Quando chegamos para fazer um reconhecimento no recinto, havia um gaúcho de cueca do lado de fora com um cigarrinho do capeta enquanto as "mina"tomavam banho no banheiro masculino... não sabemos onde eles se entocaram depois disso... não os vimos mais... uma cena hilária...
Como estávamos praticamente na praia, durante a noite fez muito frio, algo em torno de 3ºC. O isolante térmico deu uma aliviada, mas estava beeeem frio.
Descansados, tiramos o 2º dia para desbravar o parque. A temperatura estava agradável, então partimos rodar... é muito grande... das 3 praias conhecemos 2, visitamos o zoológico, a pajarera e o principal, a fortaleza. Por baixo acho que rodamos uns 30km só pelo parque.
Alguém se achou com o Rex :)
Cuartelillo de Bomberos
Fortaleza de Sta Teresa
Fortaleza de Sta Teresa
Fim de tarde caindo, hora de se proteger do frio e fazer belas fotos.
O céu estrelado dava indícios de um dia ensolarado
Que falta fez uma grande angular kkk
Depois de mais uma noite gelada, constatei que o sereno foi muito forte, praticamente uma chuva, e na hora de dobrar a barraca não teve jeito... sujou tudo. Da próxima vez vou lembrar de levar uma lona extra.
Orvalho pela manhã - praticamente uma chuva
O amanhecer foi muito frio, a água da torneira estava simplesmente congelante, o jeito foi aquecer uma panela com água para fazer a higiene matinal... O dia começou sem nenhuma nuvem, perfeito para o programa do dia: Cabo Polônio... mas esse fica para um próximo post.
Amanhecer após uma noite gelada
O camping na verdade é um Parque Nacional... gigantesco! As áreas de camping são bem sinalizadas e tem pra todos os gostos: desde camping selvagem (sem água e luz), até o estruturado, dividido em "parcelas" com energia, água e WC próximo.
Pagamos o equivalente a R$ 88,00 por 2 diárias para 2 pessoas, ou seja, R$ 22,00 a diária. Como haviam poucos campistas (contamos 5) recebemos a informação de que a cobrança seria feita "directamente en su carpa". Dito e feito, logo pela manhã apareceu um militar para hacer la cobrança. Era o sr. Javier, um figuraço, com uma moto que mais parecia uma maria fumaça, mas rodava. Não consegui tirar foto, uma pena... feito a cobrança seu Javier soltou: "que bela carpa, es buena?" Foi a deixa pra rolar a conversa...
Vale muito conhecer esse parque. Muitos conhecem a fortaleza e logo vão embora, com certeza um erro! hahah
Carro e moto utilizado pelo sr. Javier (os 2 funcionam)
Ponto de energia com disjuntor
Ponto de água na parcela
Área de camping bem definida
Área de camping bem definida
Uma volta pelo camping...
Outras fotos...
Entrada Principal do Parque Nacional de Sta Teresa
Vista parcial
Mirador de Ballenas
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Como gosto de cozinhar, surgiu a necessidade de ter algum recipiente com água para que pudesse lavar as mãos durante o preparo doas alimentos. Coisa simples não muito elaborada, mas funcional.
O primeiro projeto não deu muito certo, funcionou mas a aparência era a pior possível. Até que observei um no camping e modifiquei meu super projeto.
Material Utilizado:
1 mt de cano PVC 150mm (1 mt cabe no meu porta malas)
1 joelho 90º 150mm
2 anéis de vedação 150mm
1 cap (tampão) 150mm
1 flange 1/2 ou 3/4
1 torneira de jardim
1 serra copo (do tamanho do flange - 1/2 ou 3/4)
Fita veda rosca
1- Começe furando o cap (tampão) com a serra copo para encaixar o flange.
Não precisa usar cola, pois o flange tem um anel de vedação e só a
pressão do aperto já basta.
2- Encaixe o cap no joelho - não esqueça do anel de vedação. É bem chato de colocar, facilita se molhar a borracha.
Vista de cima do joelho com o cap já encaixado
3- Encaixando o cap, falta o cano propriamente dito. Novamente utilize o anel de vedação para encaixá-lo. Vale a dica de molhar a borracha.
4- Por fim rosqueie a torneira de jardim, não esquecendo do veda rosca para evitar vazamento.
A montagem não tem segredo, talvez um pouco trabalhoso a questão do anel de vedação, mas molhando facilita bastante.
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Depois de 8 anos nos servindo, nosso colchão de ar começou a dar sinais de que estava na hora de dar adeus. Por incrível que pareça ele não tinha tantos furos (uns 3 eu acho), mas até então isso não estava sendo um problema.
No camping das Corucacas começaram os problemas; ele estava perdendo a pressão, pouco mas estava. Bastava dar uma enchida antes de dormir e ok, tudo certo. Na acampada seguinte, no Lagoamar, a coisa ficou seria, tendo que encher 2x por noite.
Pesquisando nos blogs, achei o relato do nossa q viagem sobre o Sleepin'Bed da Quechua, o que me inspirou a pesquisar mais sobre ele.
Passamos na Decathlon em floripa e comprovamos que ele possui dimensões avantajadas, assim como o preço, mas já estávamos preparados para esse mero detalhe kkk.
Ozark Trail (antigo) x Sleepin'bed camp 140 (novo)
Compra feita, faltava estrear... e estreamos no Camping Retiro dos Padres! Ele realmente tem dimensões avantajadas, maior do que o nosso antigo Ozark Trail (no comprimento).
O colchão fica envolto em uma capa que serve de lençol, sendo que nesta capa ficam os ganchinhos (2 de cada lado) para prender o edredon. Este por sua vez é bem quente, pra quem é friorento é perfeito. A Gabe adorou. Acompanha ainda 2 travesseiros, que pra mim serviu mais para enfeite. Esqueci o meu em casa e não foi muito bacana essa parte.
Outra característica relevante, é que se um se meche o outro nem sente. Ele é baixinho mas bem confortável.
Sleepin'bed camp 140 Quechua
Depois de tudo arrumado, descobri que não comprei exatamente o modelo que havia pesquisado, porém acho que saiu de linha, pois nem no site da Decathlon tem referencia sobre ele.
Trata-se do Sleepin'bed camp 140 confort; esse modelo tem um apoio de cabeça, achei interessante esse ítem, mas acabei comprando o Sleepin'bed camp 140 (sem o confort).
Sleepin'bed camp 140 confort
De modo geral um ótimo colchão, recomendo! Valeu o investimento, apesar de um pouco caro (R$ 450,00 em fev/2015). Certamente as noites no acampamento não serão mais as mesmas.
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Mal saímos do Camping LagoaMar e já estávamos (na verdade eu) procurando o próximo destino a ser desbravado.
A princípio iríamos para o Camping Palmas das Gaivotas, tentei contato mas não tive sucesso. Passeando pelos blogs vi o relato no Barraca Tecnológica e no Nosso guia de campings sobre o Retiro dos Padres.
Contato feito, preço das diárias confirmado (R$50,00 p/ pessoa em fev/2015), hora de preparar as tralhas.
Dessa vez a arrumação foi um pouco diferente, pois a Gabe voltou a trabalhar na quinta, portanto tudo foi meio atropelado.
Sexta 13:00 peguei ela no trabalho e já rumamos direto sentido Porto Belo, sendo que a ideia era fugir do movimento pré-carnaval.
Para chegar ao camping não tem segredo, entrando em Porto Belo, segue reto toda vida, no final é só cambá ash direita na praia da Sepultura. São 16km da br-101 até o camping, mas se fores rapidinho não da nem isso, seu boca mole. (Dialeto manezês kkk)
Mapa
Chegando no tão aguardado camping fiz o check-in, as diárias são pagas antecipadamente, não tendo direito a reembolso, caso saia antes.
Vista do camping
Demos uma volta pelo camping, não imaginava que era tão pequeno. O lugar onde o pessoal do Barraca Tecnológica montou sua barraca estava vago, mas não achei seguro, pois tem uma trilha que sai na praia da Sepultura e há apenas uma placa indicando "Entrada Proibida" (sic)
Fundos do camping - vista de quem chega pela trilha
Algo que chamou atenção foi a instalação de algumas estruturas em forma de cabana. Mais tarde soube que as estruturas servem para proteger as barracas do vento, que é constante e forte. A imagem que fica não é das mais bonitas, mas dizem que resolve (paga-se a parte o uso dessa estrutura).
Estruturas para proteger do vento
Montamos +- no meio do camping, o terreno é meio areia, meio grama, meio buraco, meio declive... porém a vista compensa.
Barraca vista do mar - bandeira do Figueirense não pode faltar!
Estreamos nosso colchão de ar Sleepin'Bed 140 da Quecha, já que o nosso antigo nos deixou na mão no último camping. Posso dizer que mais uma vez valeu a pena a aquisição.
Estreamos também nosso reservatório de água. Uma engenhoca que deu certo e funcionou muito bem.
Reservatório de água
Assim que terminamos nossa arrumação, chegaram nossos vizinhos, com toda a empolgação de seu primeiro camping - Ricardo, Leonardo e Vitão, que figuras!! Trocamos idéias, experiências e ajudas, já que as condições climáticas estavam adversas.
Os Paulistas estavam preparados para o camping selvagem kkk. Vieram em busca de água pq em Sampa a crise hídrica está forte.
Não chegamos ao consenso de remover ou não o para-barro da TR, ainda estou analisando o assunto.
Paulistas parceiros - Ricardo, Vitão e Leonardo
Com esses brinquedos... assunto não falta!
O camping tem um local com pias, tanques e banheiros masc/fem. No masc. são 3 duchas, 3 chuveiros quentes e 4 vasos. O local é grande, mas não condiz com o valor cobrado. Parece que foi construído na inauguração do camping e não recebeu melhorias. O lixo é recolhido com frequência.
Área de banheiro e pias/tanques
Quesito a ser elogiado é o sistema de energia, muito prático e principalmente seguro, merece elogios.
Vários postes com este sistema ao longo do camping
Sistema que protege a tomada
Como não poderia faltar, a chuva deu o seu ar da graça, ficando o sábado inteiro conosco. O vento nordeste bate de frente, principalmente a noite. Não é qualquer gazebo que resiste (o meu não resistiu). No domingo amanheceu cinzento mas sem chuva.
Quantos gazebos tem no lixo?
Novamente recebemos a visita da mamuxca... Estava ventando muito, por isso o hot-dog foi no avancê da barraca mesmo.
Dogão antes de pular o caraval
Por fim, considerei uma experiência boa, mas não voltaria, principalmente pelo preço. Mantendo a média dos outros campings (R$30,00) já estaria bem pago. Vale a pena conhecer, paga-se principalmente pela vista. Pelo que vi em outros relatos, pouca coisa mudou desde 2009.
Uma Voltinha pelo interior do camping:
Mais fotos:
Fim de tarde no camping
Regulador da "lenta" dos paulistas
Confraria Volks
Confraria Volks
Confraria Volks
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